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Mensagem do Graal

Em cada povo, em cada ser humano, tem de existir, primeiro, a base para a receção dos elevados reconhecimentos de Deus, que se encontram na doutrina de Cristo

Mensagem do Graal

Em cada povo, em cada ser humano, tem de existir, primeiro, a base para a receção dos elevados reconhecimentos de Deus, que se encontram na doutrina de Cristo

A Guardiã da chama

Novembro 01, 2015

Ingratos e incompreensíveis, e até mesmo repreensivos, permanecem os seres humanos muitas vezes perante a maior ajuda que lhes advém da Luz.

É entristecedor presenciar quando, mesmo os de boa vontade, se comportam nessas coisas de modo lamentável, ou, devido a esperanças irrealizadas de desejos terrenos erróneos, se afastam, duvidando, da Luz, que mui frequentemente concede salvação e vantagens exatamente pela não-realização.

Mas, obstinadamente, como as mais teimosas crianças, os seres humanos se fecham ao reconhecimento do Amor Onisciente, prejudicando assim a si mesmos em tal medida, que, muitas vezes, nunca mais podem ascender, perdendo-se como um grão de semente imprestável nesta Criação.

O menor de todos os males, com que se sobrecarregam dessa forma, durante as suas peregrinações, são encarnações terrenas múltiplas, que se seguem devido à reciprocidade, e que ocupam séculos, talvez milénios, retardando sempre de novo a possibilidade de ascensão do espirito, fazendo surgir novo sofrimento, resultando em novas cadeias de desnecessários entrelaçamentos, tendo todos de chegar, inevitavelmente, até à remissão do último grãozinho de pó, antes que o espirito possa elevar-se do emaranhado criado pela teimosia.

Se a Luz fosse segundo a espécie humana, cansada ela deixaria a Criação cair, pois realmente torna-se necessária incrível paciência, para deixar se exaurir tão repugnante e estúpida teimosia, a fim de que aqueles bem-intencionados, ainda almejam ascender, não percam as suas possibilidades de salvação e não tenham de sucumbir no redemoinho de uma destruição criada por aqueles que não querem mais se modificar.

Contudo, mesmo dos bem-intencionados só uma pequena parte chega à real salvação, uma vez que muitos, tornando-se fracos, desanimam antes e às vezes também pensam ter enveredado por caminhos errados, porque a eles tantas coisas se opõem, acarretando desgostos, aborrecimentos e sofrimentos, desde o início da boa vontade, enquanto que antes não haviam notado tanto disso.

Com a decisão para a ascensão, na firme vontade para o bem, inicia-se para alguns primeiramente uma época que os quer lapidar, transformar para o certo, ao deixar vivenciar o seu pensar ou atuar errado de até então! Quanto mais visivelmente isso se evidencia, tanto mais agraciado é tal ser humano e tanto mais forte já o auxílio proveniente da Luz.

É a salvação que já se inicia, o desligamento das trevas que, com isso, aparentemente, ainda o mantêm mais firmemente agarrado. Mas o agarrar mais firme e mais duro apenas parece assim, porque o espirito, já despertando e se fortalecendo, procura afastar-se das trevas que o seguram.

Apenas o anseio ascendente do espirito faz com que a garra das trevas pareça mais dolorida, porque a garra até aí não pôde ser tão sentida, enquanto o espirito voluntariamente se enquadrava ou se aconchegava a esse agarrar. Anteriormente ele não oferecia uma contrapressão, pelo contrário, cedia sempre sem se opor.

Somente com a vontade de se elevar, tem de se tornar sensível o estorvo proveniente das trevas, fazendo-se sentir incisivamente no espírito que almeja ascender, até que por fim ele se arranca à força, a fim de se tornar livre dos laços que o retém. Que esse arrancar não possa se processar sempre sem dores jaz implícito na própria palavra, pois um arrancar não pode ser feito suavemente. Para um desprender-se calmo, porém, não sobra tempo. Para isso esta Terra já caiu demasiadamente profundo e o Juízo universal se acha em plena realização final.

Sobre tudo isso o ser humano não raciocina. Alguns pensam que a sua decisão não pode estar certa, porque anteriormente nem sentiam intuitivamente tais obstáculos, e talvez até pudessem ter se sentindo bem. Assim, com tal pensar errado, deixam-se cair novamente nas garras das trevas. Com isso não se opõem mais contra elas e, por essa razão, não sentem mais aquele agarrar como algo hostil. Serão arrastados para baixo, sem mais sentir isso de modo dolorosos, sé serem sobressaltados pelo brado do Juízo, ao qual não se podem eximir, mas então… será tarde de mais para eles.

Eles somente serão despertados à força para o horroroso reconhecer de sua queda nas profundezas insondáveis da desintegração definitiva, da condenação. E, com isso, iniciam-se então os tormentos, que nunca mais diminuirão, pelo contrário, terão de aumentar até o pavoroso fim de poderem ser autoconscientes, portanto, de poderem ser criaturas humanas, o que poderia ter-lhes trazido a bem-aventurança por toda a eternidade.

Refleti, criaturas humanas, que estais profundamente envolvidas pelas trevas, que vós próprias vos envolvestes nelas! Se quiserdes salvar-vos, tendes de libertar-vos delas e para isso a minha Palavra vos mostra o caminho, dando-vos a possibilidade, através do saber, e a força para conseguir a libertação e a salvação!

Tão logo vos tiverdes decidido a escapar da queda das trevas, as quais vos arrastam juntamente para todas as profundezas, agarrando-vos firmemente, já chega com essa decisão um raio de Luz e força para vosso auxílio, como que um relâmpago.

Atastes inúmeros nós nos fios do vosso destino, através do pensar errado de até agora e do atuar que tanto vos arrasta para baixo. Até agora, porém, estando nas garras das trevas, nem mais pensastes neles, também não os pudestes ver nem sentir intuitivamente, por estarem acima de vós. Fechando o vosso caminho e a vossa ligação para as alturas luminosas.

Com os esforços para cima, porém, evidentemente os reencontrareis todos em vosso caminho e tereis de desamarrá-los um após outro, para que o caminho se vos torne livre para a ascensão.

Isso então se apresenta para vós como infortúnio e sofrimento, como dor de alma, quando se trata dos nós das vossas vaidades, e tantas coisas mais. Na realidade, porém, essa é a única possibilidade de libertação e salvação que, aliás, não pode ser diferente, visto que vós próprios, de antemão, já preparastes o caminho de tal forma para vós, e agora tendes de voltar por ele, se de novo quiserdes alcançar as alturas.

Assim é o caminho para a vossa libertação e salvação, assim o caminho para a ascensão às alturas luminosas! Diferentemente nem pode ser. E uma vez que agora vos encontrais nas trevas, é lógico que, naquele momento em que vos esforçais, com a vossa decisão para cima, para a Luz, tudo se vos oponha de modo estorvante!

Precisais refletir apenas um pouco para compreender a exatidão do fenómeno e chegardes também por vós próprios a tal conclusão!

Muitíssimos, porém, pensam que no momento de sua vontade para ascensão tudo tem de se mostrar a eles de modo ensolarado e alegre, que tudo deve ser conseguido por eles sem luta, que o caminho será logo aplainado e até doces frutos, já desde o início, sejam sem esforço colocados no regaço como recompensa.

E se então for completamente diferente, cansam-se logo em sua vontade, abandonam-na e recaem com preguiça em seu antigo curso, se é que não se mostram até hostis para com aquele que lhes indicou o caminho, que conduz à libertação e que, segundo a sua opinião, só lhes causou inquietação.

Assim é a maioria desses seres humanos terrenos! Estúpidos e preguiçosos, arrogantes, exigentes e ainda reclamando recompensa e agradecimento, quando permitem que lhes seja oferecido o caminho que os conduz para fora do charco em que preguiçosamente se revolvem, a fim de, por fim, nele afundar.

Vós, porém, que sinceramente quereis lutar por vós, não esqueçais jamais que vos encontrais nas trevas, onde uma boa vontade é imediatamente atacada. Também os que estão em torno de vós procurarão depressa fazer valer direitos, quando ousardes desligar-vos deles. Mesmo que antes jamais alguém se tenha preocupado com o que a vossa alma queria, mesmo que ninguém tenha prestado atenção se ela já estava perto de morrer de fome e sede, mesmo que ninguém se tenha mostrado disposto a confortar-vos… no momento em que ousardes pôr o pé no único e verdadeiro caminho para a libertação de vós próprios, aí de repente eles se manifestam, para que vós não os abandoneis.

Aparentemente eles estão agora preocupados com a sorte de vossa alma, apesar de já terem dado mais do que uma prova de que a vossa alma e também a vossa existência terrena, na realidade, lhes tenham sido completamente indiferentes!

É tão chamativo, que, quando se observa isso muitas vezes, até parece ridículo, e mostra nitidamente que todos esses queridos parentes terrenos ou outros conhecidos nada mais são do que instrumentos cegos das trevas, a cujo impulso obedecem, sem estarem conscientes disso. Se não lhes derdes ouvidos, então mostram em seu comportamento que realmente não foi preocupação por vós que os moveu a isso, pois verdadeira preocupação devia encerrar amor pelo próximo. Amor, porém, não se evidencia, quando vos molestam com observações maldosas ou conversas maliciosas sobre vós, quando até procuram prejudicar-vos de qualquer modo.

Irrompe, também, nítida e rapidamente, o ódio que todas as trevas guardam contra tudo aquilo que se esforça pela Luz! Observai e aprendei a reconhecer agora as trevas nisso. Exatamente nisso vereis também que escolhestes o caminho certo, pois as trevas têm de se revelar pelo modo que é próprio delas!

Aprendereis facilmente a diferenciar! E passando por vós, o verdadeiro ódio das trevas e também dos seus escravos dirige-se então, por fim, contra aquele que oferece às criaturas humanas a Palavra para a salvação!

Atentai nisso! Pois assim logo reconhecereis todos os seguidores de Lúcifer já condenados no Juízo.

Afastai-vos deles e não procureis mais ajudá-los com a Palavra, pois ela não mais lhes deve ser oferecida! Tendes de excluí-los agora dela, se vós próprios não quiserdes sofrer danos por irdes irrefletidamente ao seu encontro.

O vosso amor se destina à Luz e a todos os que se esforçam para a Luz com vontade pura e humilde, não, porém, àqueles que têm de ser expulsos desta Criação por serem nocivos. Antes de tudo, o chamado é dirigido mais uma vez à feminilidade! A feminilidade, em seu sentimento intuitivo mais fino, tem a capacidade para distinguir com infalível segurança aquilo que pertence à Luz e onde ainda existe esperança para isso, e aquilo que fica entregue às trevas, irremediavelmente perdido, e com elas tem de sucumbir.

Para isso, porém, essa feminilidade tem de ser purificada primeiro e erguer-se do charco, ao qual, levianamente conduziu a humanidade inteira! E também só quando tiver caído dela a vaidade é que poderá intuir de novo corretamente.

A feminilidade de todos os desenvolvidos deixou-se seduzir facilmente demais, para descer do degrau que o Criador lhe destinou benevolentemente e, ao invés, das bênçãos de Deus, espalhar a desgraça, torcer tudo quanto é nobre e que devia ter mantido íntegro e também límpido.

Ela arrastou a dignidade da mulher para a poeira! Todo o seu pensar esteve subjugado aos mais baixos cálculos, e todo o encanto de seu ser, que lhe foi dado como presente pelo Criador, para com ele manter, acordado nas almas o anseio pela beleza das alturas luminosas e estimular o impulso para a proteção de tudo quanto é puro, esse encanto em si sublime foi arrastado com escárnio para a sujeira profunda pela feminilidade terrena, a fim de ser explorado pecaminosamente apenas para finalidades terrenas!

Nunca uma criatura da Criação caiu tão profundamente como a mulher da Terra!

Através da força da Luz o efeito recíproco atingirá agora com ímpeto desenfreado cada mulher que não quiser despertar para a atuação pura e elevada, que o Criador outrora cheio de graça lhe colocou na mão, aparelhando-a também para isso!

A feminilidade, a mulher, é que o Criador escolheu outrora para guardiã da chama do sagrado anseio pela Luz em todas as Suas Criações e, para isso, dotou-a com a capacidade do mais fino sentimento intuitivo! Ela se originou para receber as irradiações da Luz sem obstáculos e retransmiti-las da maneira mais pura para o homem, bem como para o ambiente a ela circunjacente.

Por esse motivo ele exerce influência, não importa onde quer que chegue. Para isso ela é agraciada em sua espécie. E essa dádiva abençoada ela utilizou ao contrário.

A influência que Deus lhe presenteou, ela exerce para alcançar finalidades egoísticas e muitas vezes condenáveis, ao invés de soerguer o seu ambiente, de manter vivo o anseio pela Luz nas almas, durante suas peregrinações através dos densos planos, que devem servir para o desenvolvimento e o amadurecimento em direção às alturas espirituais!

Com isso elas deviam ser o apoio e o amparo dos peregrinos, oferecendo elevação e fortalecimento através do seu ser e mantendo aberta a ligação com a Luz, a fonte original de toda a vida!

Elas já podiam ter transformado esta Terra num paraíso dentro da matéria grosseira, vibrando alegremente na puríssima Vontade do Todo-poderoso.

A guardiã da chama do sagrado anseio pela Luz, porém, falhou, como até agora jamais falhou uma criatura, porque ela foi provida de dons cuja posse nunca deveria ter permitido cair! E ela arrastou consigo uma parte inteira do Universo para o charco das trevas!

Longo é o caminho e grande o esforço que agora ainda tem diante de si aquela mulher, que almeja cooperar no futuro.

Contudo, novamente lhe será proporcionada a graça de uma força aumentada, bastando que ela queira sinceramente! Mas ela que não imagine ser tão fácil. A elevada distinção de lhe ser permitido tornar-se novamente a guardiã do anseio pela Luz, de mantê-lo vivo na matéria, através da pureza de sua dignidade de mulher, quer ser conquistada com um contínuo estado de vigilância e inabalável fidelidade!

Desperta, mulher desta Terra! Torna-te novamente pura e fiel em teu pensar; em teu atuar e mantém a tua vontade firmemente ancorada na santidade da Vontade de Deus!

 

Abdruschin

 

Dissertação 49 “A guardiã da chama” da obra “Na Luz da Verdade – Mensagem do Graal”, volume III.

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