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Mensagem do Graal

Em cada povo, em cada ser humano, tem de existir, primeiro, a base para a receção dos elevados reconhecimentos de Deus, que se encontram na doutrina de Cristo

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Instinto dos animais

Novembro 01, 2015

Muitas vezes as pessoas ficam admiradas ante os atos instintivos dos animais. Atribuem aos animais um sentido especial, que aos seres humanos falta por completo ou deixaram que se atrofiasse.

Aos seres humanos é inexplicável, quando por exemplo observam que um cavalo, um cão ou qualquer outro animal, habituado talvez a percorrer diariamente um caminho, de repente em determinado lugar se recusa a prosseguir, e quando depois vêm a saber que logo em seguida, exatamente naquele lugar ocorrera um acidente.

Desse modo a vida de uma ou mais pessoas foi muitas vezes salva. Há tantos desses casos, conhecidos em geral por todos, que não é especialmente necessário entrar aqui em pormenores.

A humanidade cognominou instinto, pressentimento inconsciente, a essas qualidades do animal. Tão logo ela tenha um nome para uma coisa, geralmente já se dá por satisfeita, forma qualquer ideia a respeito e se contenta com isso, pouco importando se seu pensar sobre isso seja certo ou não. Assim, também aqui.

O motivo para tais ações do animal é, no entanto, totalmente outro. O animal não possui a propriedade e nem a capacidade daquilo que o ser humano entende por instinto! Nesses acontecimentos apenas obedece a uma advertência que lhe é dada. Essas advertências o animal consegue ver muito bem, ao passo que apenas por poucas pessoas elas podem ser notadas.

Conforme já esclareci numa dissertação anterior, a alma animal não provém do espiritual, como a criatura humana, mas do enteal. Da parte enteal da Criação originam-se também os seres elementares: gnomos, elfos ondinas etc., que têm sua atuação naquela parte que os seres humanos sempre chamam natureza, portanto, água, ar, terra, fogo. Do mesmo modo aqueles que se ocupam com o desenvolvimento e o crescimento das pedras, plantas e outras coisas. Esses todos, porém, originam-se de uma parte do enteal, diferente daquela das almas animais. Todavia, a sua mútua afinidade na igual espécie de origem acarreta a possibilidade de maior reconhecimento recíproco, de forma que um animal tem de reconhecer categoricamente melhor essas criaturas enteais, do que o ser humano o conseguiria, cuja origem se encontra no espiritual.

Os seres elementares sabem, pois, muito bem onde e quando ocorrerá uma alteração na natureza, tais como desmoronamentos, avalanches, queda de uma árvore, o ceder do solo motivado pela ação erosiva das águas, rutura de diques, irrompimento de águas, erupções vulcânicas, maré alta, terremotos e tudo o mais que a isso pertença, uma vez que eles próprios se ocupam com isso, preparando e realizando tais alterações, as quais os seres humanos denominam desastres e catástrofes.

Se é de se esperar um tal acontecimento imediatamente, pode suceder que um animal ou uma pessoa que se aproxime seja advertido por esses seres elementares. Antepõem-se no caminho, procurando, por meio de gritos e gesticulações, ou mesmo por repentinas impressões sobre os sentidos, provocar o retorno; o animal se assusta, eriça o pelo e se recusa energicamente a prosseguir, contrariando completamente o seu costume normal, de modo que, muitas vezes, mesmo o animal mais bem adestrado nega, excecionalmente, obediência ao seu dono. Esse o motivo do estranho comportamento do animal em tais casos. Mas o ser humano não vê esses seres elementares e por isso segue, muitas vezes, ao encontro do perigo, no qual perece ou fica gravemente ferido.

Por isso o ser humano devia observar mais os animais, a fim de aprender a compreendê-los. O animal tornar-se-á então realmente amigo da criatura humana, pois consegue preencher lacunas e com isso tornar-se ainda muito mais útil ao ser humano do que até agora.

 

Abdruschin

 

Dissertação 05 “Instinto dos animais” da obra “Na Luz da Verdade - Mensagem do Graal”, volume III

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