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Mensagem do Graal

Em cada povo, em cada ser humano, tem de existir, primeiro, a base para a receção dos elevados reconhecimentos de Deus, que se encontram na doutrina de Cristo

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Em cada povo, em cada ser humano, tem de existir, primeiro, a base para a receção dos elevados reconhecimentos de Deus, que se encontram na doutrina de Cristo

O mistério do sangue

Novembro 01, 2015

O sangue! Quanto não vibra nesta palavra, quão ricas e fortes são todas as impressões que ela é capaz de produzir, e que fonte originadora jamais esgotável de suposições abrange esta tão significativa palavra.

E dessas suposições muitos conhecimentos já se concretizaram, os quais se comprovaram de modo benéfico para o corpo humano terreno. Com penoso pesquisar e dedicada atuação, agraciados encontraram, em sua pura vontade de ajudar abnegadamente a humanidade, através de apuradas observações, vários caminhos que conduzem à verdadeira finalidade do sangue, mas que ainda não é a própria finalidade.

Mais indicações a esse respeito ainda devem ser dadas aqui sobre isso, com as quais aqueles que trazem em si vocação para tanto fiquem capacitados a construir no saber das vibrantes leis de Deus. Surgirão como auxiliadores para os seres humanos aqui na Terra, auxiliadores no mais verdadeiro sentido, aos quais, como preciosa recompensa, orações de agradecimento de todos aqueles tornarão seus caminhos ensolarados, aqueles a quem eles puderam, com seus novos conhecimentos sobre os mistérios do sangue, trazer auxílios de maneira inimaginável como não houve até então.

Menciono logo a finalidade principal de todo o sangue humano: ele deve constituir a ponte para a atuação do espírito na Terra, portanto, na matéria grosseira!

Isso soa tão simples e, contudo, contém em si a chave de todo o saber sobre o sangue humano.

O sangue deve, portanto, constituir uma ponte para a atuação do espírito, ou digamos neste caso “alma”, a fim de que os leitores me compreendam melhor, visto que a expressão “alma” lhes é mais familiar.

Para que a atuação do espírito do ser humano também possa se processar de maneira certa, o espírito forma o sangue humano.

Que o sangue está ligado ao espírito pode ser facilmente fundamentado. Basta considerar que somente com a entrada do espírito no corpo em formação da criança, portanto na encarnação, a qual ocorre em bem determinado estado de desenvolvimento, no meio da gravidez, provocando os primeiros movimentos, também o próprio sangue do pequeno corpo principia a circular, ao passo que por ocasião da morte terrena, quando o espírito abandona o corpo, o sangue finda seu pulsar e de mais a mais cessa de existir.

O sangue em si existe, pois, apenas entre o tempo de entrada e saída do espírito, enquanto o espírito se encontrar no corpo. Sim, pela falta do sangue pode-se constatar que o espírito se desligou definitivamente do corpo terreno, tendo, portanto, ocorrido o falecimento.

Na realidade é assim: só com a entrada do espírito no corpo consegue o sangue humano formar-se e com a saída do espírito ele não pode mais existir em sua condição verdadeira.

Mas não queremos nos contentar com esse conhecimento, portanto prossigo. O espírito, ou a “alma”, contribui para a formação do sangue, mas ele ou ela não consegue atuar diretamente, através do sangue, terrenamente para fora. Para isso, a diferença entre ambas as espécies é grande demais. A alma, que contém o espírito como núcleo, é em sua camada mais densa ainda fina demais e só consegue atuar para fora através da irradiação do sangue.

A irradiação do sangue é, portanto, na realidade, a ponte propriamente dita para a atuação da alma, e mesmo assim só quando este sangue tiver uma bem determinada composição, adequada para a referida alma.

Cada médico responsável poderá aí interferir conscientemente no futuro, auxiliando, tão logo tiver obtido o saber disso e assimilado corretamente. Exatamente isso tornar-se-á um dos maiores e mais incisivos auxílios dos médicos para toda a humanidade, pois nisso os efeitos são tão múltiplos, que os povos, com a utilização certa, terão de florescer até atingir um admirável querer e poder, uma vez que se tornarão capazes de desenvolver toda a sua força, que não impulsiona para a destruição, mas para a paz e para o anseio de ascender em direção à Luz, cheios de gratidão.

Já muitas vezes mencionei a importância da composição do sangue que, naturalmente, com a modificação da composição, também altera, sempre de novo, a irradiação, a qual então, correspondentemente, consegue efeitos variados para a respetiva pessoa, bem como para seu ambiente terreno.

Em minha dissertação sobre a importância da força sexual, eu disse que somente com uma bem determinada maturação do corpo, a força sexual se inicia e com isso abaixa-se uma ponte levadiça que até agora havia protegido e separado a alma do mundo exterior, ponte que naturalmente não somente deixa a alma atuar para fora, mas sim, pelo mesmo caminho, também deixa chegar os efeitos de fora para a alma.

Somente com isso o ser humano, individualmente, torna-se plenamente responsável perante as leis Divinas da Criação, como também mais ou menos está introduzido nas leis terrenas.

O abaixar da ponte levadiça, porém, ocorre automaticamente, pela transformação da composição do sangue, provocada pela maturação do corpo terreno e pelo impulsionar da alma, composição a qual, então, proporciona ao espírito, devido a sua irradiação alterada, a possibilidade para a atuação na Terra.

Não estou me referindo aqui, naturalmente, às ações mecânicas e aos trabalhos do corpo terreno, mas sim ao que realmente aí é “condutor”, ao que é desejado, que depois o cérebro e o corpo, como instrumentos, transformam em ação.

Também em minha dissertação sobre os temperamentos mencionei o sangue, que constitui, por suas irradiações de diversas espécies, a base para os temperamentos, por estar a alma em suas efetivações presa até certo limite às espécies das irradiações do sangue.

Também em minha dissertação sobre os temperamentos mencionei o sangue, que constitui, por suas irradiações de diversas espécies, a base para os temperamentos, por estar a alma em suas efetivações presa até certo limite às espécies das irradiações do sangue.

[…]

No tecer da Criação tudo está tão admiravelmente entrelaçado, que certamente nenhum dos meus leitores ficará surpreendido, se eu lhes afirmar ainda que até a espécie da irradiação sanguínea de uma futura mãe pode se tornar decisiva para a espécie do espírito que nela está por se encarnar, o qual tem de seguir a lei da atração da igual espécie, pois cada uma das diversas espécies de irradiações sanguíneas prepara a aproximação e a entrada apenas para uma bem correspondente espécie de alma, da mesma forma como é compreensível que espécies de almas análogas também devam procurar produzir idênticas composições de sangue, porque sempre somente podem atuar com real sucesso através de uma bem determinada espécie de irradiação, a qual, por sua vez, varia nas diversas idades da vida.

Quem quiser compreender com acerto essa indicação, inclusive a respeito do nascimento, deveria, certamente, familiarizar-se concomitantemente com as minhas explicações na dissertação “O mistério do nascimento”, visto que eu, seguindo as leis da Criação em suas atuações automáticas, sou obrigado a elucidar uma vez isto, outra vez aquilo, apesar de que tudo, conjuntamente, forme um todo inseparável e nada disso possa ser narrado como sendo existente separadamente, mas somente como algo que a isso pertence e intimamente ligado ao todo, que sempre de novo se torna visível cooperando em lugares diferentes, e aparecendo como fio colorido, inserido de acordo com as leis.

Mais tarde ainda falarei sobre todos os pormenores, bem detalhadamente, necessários para completar o quadro de maneira perfeita, daquilo que hoje apenas dei em traços largos.

Espero que isto, um dia, possa se tornar uma grande bênção para a humanidade.

Uma indicação talvez seja ainda propícia: que o sangue não pode ter conexão apenas com o corpo é facilmente reconhecível pelas diferenças imediatamente verificáveis entre o sangue humano e o sangue animal!

As composições básicas de ambas as espécies de sangue são tão diferentes, que devem saltar à vista. Caso somente o corpo formasse o sangue, então a semelhança teria de ser bem maior. Assim, porém, algo diferente contribui nisso: no sangue humano, o espírito! A alma do animal, porém, que atua através do corpo, compõe-se de outra espécie e não do espiritual, que faz do ser humano um ser humano. Por isso, também o sangue tem de ser totalmente diferente!

 

Abdruschin

 

Excerto da Dissertação 14 “O mistério do sangue” da obra “Na Luz da Verdade - Mensagem do Graal”, volume III

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