Os planos espírito-primordiais VII
Novembro 01, 2015
Na última vez falei da Ilha das Rosas, da Ilha dos Lírios e da Ilha dos Cisnes.
Esses pontos de apoio são como três cintilantes pedras preciosas num aro de ouro, caso comparemos todo o plano do quarto degrau a um aro ou a uma faixa de ouro, onde as três pedras preciosas se encontram admiravelmente engastadas.
Naturalmente ainda existe mais vida nesse degrau, como também em todos os demais planos, porém menciono primeiramente os pontos de apoio mais brilhantes, que são de efeito incisivo e decisivo para os espíritos humanos.
Assim também é no próximo, no quinto degrau da Criação primordial. Se os degraus de até agora foram planos fundamentais de saída de todas as forças de irradiação para tudo o mais, o quinto degrau é a região ou plano dos preparos, dos preparativos dos auxílios para tudo quanto se encontra abaixo da Criação primordial. Nesse quinto degrau atuam os preparadores fortes, que conduzem todos os auxílios ao género humano!
Entender-me-eis melhor se eu vos anunciar um nome daí: Is-ma-el!
Aqui ele vive, daqui parte a sua atuação. Is-ma-el, que já outrora educou Abdruschin nesta Terra, que por causa dele encarnou-se na Terra, que depois também como João, o Batista, anunciou Jesus e que tinha de preparar todas as sete partes do Universo para a vinda de Parsival!
Ele é o superior nesse degrau, rodeado de numerosos auxiliares, e ele recebeu as Mensagens da Luz para a sua grande e extensa atuação, que sempre cumpriu fielmente. Ele deu aos seres humanos também a grande revelação dos acontecimentos atuais, que se tornou conhecida em geral como Apocalipse de João.
Com essa grande atuação preparatória de todos os acontecimentos incisivos da Luz para as Criações, esse quinto degrau está cheio e transbordante de vida flamejante.
O sexto degrau, que é o seguinte, mostra, por sua vez, também para os seres humanos, um ponto forte e brilhante, sobremaneira saliente: o Castelo Branco!
O Castelo Branco não deve ser imaginado conforme as noções terrenas. Tem essa denominação por ser o lar protetor dos dois recipientes puros. Nele encontram-se, sob vigilância fiel, os dois recipientes espírito-primordiais femininos das mais sagradas realizações da Luz na Terra.
São os dois recipientes espírito-primordiais para as mães terrenas de Jesus e Abdruschin.
Ambos os recipientes espírito-primordiais necessitavam, porém, ainda de um invólucro espiritual, sem o qual não poderiam ter cumprido sua missão na Terra. Essa parte espiritual foi a mãe terrena de cada um deles.
Cada invólucro espiritual foi aí uma criatura humana, por si, portanto uma mulher terrena autoconscientes, com a qual a mulher espírito-primordial escolhida tem de ser primeiro ligada, cada vez, para um nascimento terreno da Luz de Deus!
Um tal nascimento terreno da Luz necessita dos maiores e mais extensos preparativos de cima para baixo, e após esforços de séculos pode um tão mesquinho espírito humano terreno, através de suas fraquezas, tornar necessárias novamente modificações, ainda no último momento.
Quando eu falo de um recipiente espírito-primordial e de um recipiente espiritual, ou de um invólucro, então isso se refere cada vez a uma mulher por si. Os dois recipientes espírito-primordiais são duas mulheres escolhidas para isso na Criação primordial, que, mediante determinada condução superior puderam desenvolver-se do espiritual primordial, conscientes de sua meta e sempre permaneceram sob os mais fiéis cuidados no Castelo Branco.
Os recipientes ou invólucros espirituais são aquelas mulheres terrenas que puderam ser escolhidas e também preparadas para isso, a fim de unirem-se intimamente com aqueles invólucros ou mulheres da Criação primordial para o fim da mais sagrada realização.
Quero mais uma vez resumir o que é difícil para vós, a fim de que se vos torne bem claro:
No Castelo Branco do sexto degrau do espiritual primordial estão duas mulheres escolhidas, as quais trazem para baixo todos os nascidos da Luz, que em cumprimento de promessas Divinas mergulham nas matérias; a finalidade delas é ligarem-se a uma mulher terrena, já que essa transição nas encarnações terrenas dos nascidos da Luz torna-se necessária, porque não é possível qualquer lacuna na atuação das leis primordiais Divinas da Criação.
As duas mulheres trazem nomes que se encontram na lei: Maria, vibrando no Amor, e Therese, vibrando na Vontade. Assim Maria, na lei do número e em sua espécie, é destinada para o Amor de Deus, e Therese para a Vontade de Deus!
Para o nascimento terreno elas foram ligadas intimamente, em cada caso, com o espírito de uma mulher humana terrena.
Essa mulher humana terrena naturalmente tinha de ser semelhante no vibrar. Para o nascimento do Amor foi necessário um espírito humano terreno vibrando no Amor; para o nascimento da Vontade foi necessário um espírito humano terreno vibrando no Vontade.
As mulheres terrenas que tinham de trazer os nascidos da Luz para a matéria grosseira encontram-se ligadas apenas com os recipientes espírito-primordiais, através de fios, não porém com os próprios enviados da Luz.
Nisso precisais atentar bem, a fim de compreenderdes direito todo o processo!
O espírito das mães terrenas encontra-se ligado, portanto, apenas indiretamente com os enviados da Luz, através dos recipientes espírito-primordiais, com os quais elas são ligadas temporariamente de modo direto, através de fios cuidadosamente tecidos. Os recipientes espírito-primordiais trazem para baixo os enviados da Luz, para as mães terrenas, e ligam-se a estas somente na época da encarnação, permanecendo então ligados até quarenta dias após o nascimento terreno.
Durante essa época também ocorre através do recipiente espírito-primordial uma ligação da Luz com o espírito das mães terrenas; depois, contudo, essa ligação é novamente desfeita, quando o recipiente espírito-primordial se separa e se retira.
Com isso o espírito humano terreno feminino fica entregue novamente a si mesmo, visto não existir ligação direta com o núcleo de Luz de seu filho.
Tudo é tão simples e natural, porém mesmo assim difícil de condensar em palavras terrenas, a fim de trazê-lo à compreensão na matéria grosseira.
O último degrau da Criação primordial, o sétimo, mostra a Ilha dos Escolhidos!
Sobre isso não tenho muito o que dizer nesta dissertação, pois já vos basta o nome: Patmos!
Dessa ilha dos agraciados muito já foi falado e muito ainda será falado, pois ela é ao mesmo tempo a ilha das promessas ou a montanha das sagradas anunciações!
Igual ao Supremo Templo do Graal, que se ergue no Divino, no limite extremo, tendo ao mesmo tempo uma cópia como ápice na Criação primordial, assim também é Patmos, no limite extremo do espiritual primordial, tendo uma cópia no ponto mais alto do espiritual contíguo; e como imagem refletida pode-se ver no espiritual o que acontece em Patmos no espiritual primordial. Dessa forma em ambos os reinos, não obstante a separação, resulta sempre numa vivência em comum e se dá a ligação.
Assim em Patmos, no ápice do espiritual humano, também existe um criado, que tem o nome de Is-ma-el e que vibra e atua nas irradiações de Is-ma-el no espiritual primordial.
Talvez possamos voltar mais tarde com mais pormenores ainda sobre isso, pois hoje ultrapassaria sobremodo a finalidade da dissertação. Por isso quero apenas concluir ainda o grande reino da Criação primordial em linha reta descendente.
Ao último degrau da Criação primordial, o sétimo, segue-se um invólucro protetor, que atua como uma camada de separação entre o espiritual primordial e a parte da Criação espiritual contígua, que, em sua extensão, para o sentido humano terreno, não é menos imensa do que o espiritual primordial.
Também esse invólucro protetor constitui um plano por si, de grande extensão. Não é acaso desabitado, mas sim povoado por muitos entes: só não é habitação permanente de espíritos autoconscientes.
Ele forma a limitação intransponível e inquebrantável do espiritual primordial, da Criação primordial, e ao mesmo tempo também uma passagem.
Mas para atravessá-la torna-se necessária uma escolta de entes que povoam esse plano, os quais, em sua atuação, assemelham-se novamente a um invólucro protetor em relação ao transeunte, como seu plano em relação à Criação primordial inteira.
E tal escolta, através do plano de proteção, esses entes podem conceder, por sua vez, apenas sob bem determinadas condições, que, vibram de modo imutável nas leis da Criação.
Portanto, somente com o cumprimento de determinações bem especiais torna-se possível atravessar o plano de proteção. O cumprimento das condições, que se encontra em parte na espécie e em parte também na qualidade dessa espécie, isto é, no respetivo estado de amadurecimento, resulta, por sua vez, como consequência necessária e natural, no atravessar; provoca-o automaticamente.
Assim, por toda a parte existe um movimento exatamente articulado, como numa engrenagem incrivelmente bem trabalhada e artisticamente composta, que é mantida em andamento por leis vivas e atuantes.
Aquilo que nisso conserva direito o seu caminho, será lapidado e purificado, empurrado e elevado, mas sempre para a altitude de uma capacidade pura; no entanto, aquilo que se desvia do caminho certo e levianamente ou até malevolamente se coloca ao lado da engrenagem, será golpeado e ferido, até que esteja novamente no seu caminho certo e possa então vibrar conjuntamente sem atritos, ou até que seja triturado e moído entre as rodas em constante movimento.
Adaptai-vos, por isso, ó seres humanos, à engrenagem inalterável da grande obra-prima desta Criação, inapreensível para vós, e no vibrar uniforme sereis felizes por toda a eternidade!
Abdruschin
Dissertação 62 “Os planos espírito-primordiais VII” da obra “Na Luz da Verdade - Mensagem do Graal”, volume III.